O enviado da China para o Médio Oriente desloca-se à região na próxima semana para promover um cessar-fogo entre Israel e o Hamas. Os principais objetivos da visita, anunciada este domingo, são as conversações de paz e a proteção dos civis.
“Na próxima semana, visitarei os países relevantes do Médio Oriente para reforçar a coordenação com todas as partes envolvidas, com o objetivo de pôr termo aos combates, proteger os civis, aliviar a situação e fazer as conversações de paz”, afirmou Zhai Jun numa entrevista à televisão estatal chinesa.
No vídeo divulgado pela CCTV Zhai disse que “nesta altura, o conflito israelo-palestiniano continua a intensificar-se e a possibilidade de uma maior expansão e de um alastramento suscita profundas preocupações” e acrescentou que “a raiz da questão palestiniana consiste num desejo muito antigo de um Estado palestiniano independente não realizado, e que a solução reside no seu estabelecimento e na implementação da solução de dois Estados, que pode conduzir a uma coexistência pacífica entre a Palestina e Israel”.
Na quarta-feira, numa conversa telefónica com um responsável da Autoridade Palestiniana, Zhai Jun já tinha apelado para um “cessar-fogo imediato”, indicou o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês e no sábado, o chefe da diplomacia chinesa afirmou que os EUA deveriam “desempenhar um papel construtivo” no conflito entre Israel e Gaza. ,
Durante uma conversa telefónica com o homólogo norte-americano, Antony Blinken, Wang Yi pediu a realização de uma “reunião internacional de paz o mais rapidamente possível para promover um amplo consenso”, acrescentando que “a solução fundamental para a questão palestiniana reside na implementação de uma ‘solução de dois Estados’”.
Também este domingo o presidente dos Estados Unidos disse ao primeiro-ministro israelita que os EUA estão a trabalhar com a ONU e países do Médio Oriente para garantir aos civis na Faixa de Gaza acesso a água, alimentos e cuidados médicos.
“O Presidente Biden afirmou o seu apoio a todos os esforços para proteger os civis”, afirmou a Casa Branca, num comunicado relativo a uma conversa telefónico entre os dois líderes, Joe Biden e Benjamin Netanyahu, uma semana após o ataque do Hamas em Israel e as represálias na Faixa de Gaza.
O movimento terrorista Hamas lançou no sábado passado um ataque surpresa contra Israel, com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar. Em resposta, Israel bombardeou a partir do ar várias infraestruturas do Hamas na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.
Os ataques já provocaram milhares de mortos e feridos nos dois territórios.O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou que Israel está “em guerra” com o Hamas.