A Federação Nacional dos Médicos (Fnam) lembra que o Governo continua em “plenitude de funções” e que a demissão não o desresponsabiliza de resolver a a crise na saúde.
“O Ministério da Saúde (MS) cancelou o processo negocial a pretexto da crise política, mas a verdade é que continua em plenitude de funções, a ser responsável pelo estado do SNS e pelas respostas que comecem a resolver os problemas que nos conduziram aqui”, lê-se num comunicado daquela plataforma sindical.
A FNAM apela, por isso, a que sejam retomadas as negociações, “de forma séria”, para que sejam incoporadas “de uma vez por todas, as propostas dos médicos para salvar a carreira e o SNS”.
Os médicos pedem que seja manifestada a mesma preocupação demonstrada pela salvaguarda do Orçamento do Estado.
“A dissolução foi adiada pelo Presidente da República (PR) para que o país não fique sem Orçamento de Estado, sugerimos que a mesma preocupação seja levada em conta para que não fiquemos sem médicos no Serviço Nacional de Saúde (SNS)”, sublinha a Fnam, reafirmando “a pertinência das soluções” defendidas ao longo dos últimos 19 meses.
A plataforma sindical considera que, face à decisão do Presidente da República, o Ministério da Saúde tem a obrigação de dar uma resposta urgente, “tendo em conta o caos em que deixou o SNS, com o encerramento de urgências de norte a sul do país”.
Para a Fnam, a nova situação política “não altera a gravidade da situação na Saúde” pelo que defendem ser possível celebrar um acordo “capaz de salvar a carreira médica e o SNS, o apoio a todos os médicos que entregam as declarações de indisponibilidade para não fazer mais trabalho suplementar para além do limite anual das 150 horas”.
Assim, a Fnam, ao contrário do que tinha sido adiantado na edição impressa do Nascer do SOL, continua a apelar à greve nacional dos dias 14 e 15 de novembro e às manifestações em Lisboa (Hospital Santa Maria), Porto (Hospital São João) e Coimbra (Centro Hospitalar da Universidade de Coimbra), às 09h00, no dia 14.