Israel avança na Faixa de Gaza

Israel continua irredutível em relação a um cessar fogo.

O conflito no Médio Oriente está longe da sua resolução e teme-se o que está por vir. Benjamin Netanyahu apela à resiliência das forças israelitas na incursão terrestre na Faixa de Gaza e o Hamas continua a fazer acusações de genocídio, enquanto invoca o fim de Israel e se mostra disposto a repetir os ataques de 7 de outubro as vezes necessárias para atingir esse objetivo. Da ONU, entre as declarações polémicas de António Guterres e a nomeação do Irão para o Conselho de Direitos Humanos, chega um pedido de cessar-fogo. Os Estados Unidos, através do secretário de Estado Antony Blinken, têm sido responsáveis por manobras diplomáticas intensas e reforçaram a presença militar na região. As manobras, com toda a sua capacidade dissuasora, poderão estar na origem da declaração de não envolvimento do Hezbollah. Ainda assim, Blinken parece incapaz de convencer o primeiro-ministro israelita a promover uma pausa humanitária que facilite a chegada de bens de primeira necessidade a Gaza.

Na Europa, os debates sobre o multiculturalismo estão mais acesos que nunca. As principais cidades europeias são palco de manifestações, na maioria pouco pacíficas, e o clima de insegurança aumenta. E enquanto se discutem terminologias como cessar-fogo, pausa humanitária, proporcionalidade e limites da guerra, o número de casualidades aumenta a cada dia no conflito mais sangrento da região de que há memória.