Presidente israelita não acredita na seriedade das negociações sobre reféns

“Não tenho a certeza se as negociações são reais” sublinhou o presidente, acrescentando que, “para ser honesto, ainda não vejo uma resposta séria do Hamas”.

Esta quinta-feira, o presidente de Israel, Isaac Herzog, afirmou que as negociações com o grupo islamita Hamas, para a libertação de reféns raptados na Faixa de Gaza, não são sérias.

Em entrevista à agência espanhola de notícias, EFE, a partir da sua residência oficial em Jerusalém, Isaac Herzog defendeu que tem suspeitas sobre a eficácia do resultado das negociações em curso entre as autoridades israelitas e o grupo islamita.

“Não tenho a certeza se as negociações são reais” sublinhou o presidente acrescentando, que: “para ser honesto, ainda não vejo uma resposta séria do Hamas”.

“Vejo que há avanços e recuos. Sei que existe um processo de mediação por parte do Qatar” acrescentou Isaac Herzog que, porém, expressou o seu receio de que o Hamas esteja a realizar “jogos psicológicos para enlouquecer Israel”.

“Este é o momento de oferecer algo e de mostrar seriedade na libertação de reféns, começando pelas crianças e mulheres”, afirmou o chefe de Estado israelita que, na entrevista, também aproveitou para agradecer ao Egito pela sua postura “muito ativa e positiva” na apresentação de propostas, apesar das “circunstâncias complexas”.

O presidente israelita refutou uma troca de prisioneiros entre o Hamas e Israel, defendo que as negociações ainda não estão nessa fase.

As negociações, que têm acontecido por intermédio do Qatar, têm tido algumas dificuldades, sendo que parte do problema a dificuldade de decisões no terreno e rondas de diálogo que leva “dois ou três dias”.

Com tudo isso, as rondas de negociações continuam em locais itinerantes, tanto em Doha, capital do Qatar, quanto no Egito, com a participação também dos Estados Unidos, com o objetivo de chegar a um acordo definitivo entre ambas as partes o mais rápido possível.

A cadeia de intermediários significa que Israel, os EUA, o Qatar e o Egito se reúnem primeiro e depois transmitem a mensagem aos líderes do Hamas em Doha e, mais tarde, em Gaza.