Presidente da República quer mais jovens na política

“Um dos problemas das democracias, e nas das democracias europeias, é que há poucos jovens em lugares de decisão na política nacional europeia”, rematou Marcelo Rebelo de Sousa

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, declarou, esta quarta-feira, no seu discurso na sessão de encerramento da “Conferência Democracia: Juventude em Ação”, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, que devia haver mais jovens em lugar de decisão política.

Dirigindo-se a uma plateia maioritariamente constituída por jovens, Marcelo apelou o combate a propostas racistas e egoístas e ainda à ideia de uma União Europeia Fortaleza, fechada ao mundo.

“É na vossa idade que se muda o mundo. Eu espero que os mais velhinhos percebam que é tempo de cederem muitos, muitos lugares aos mais novos. Se querem renovar a democracia portuguesa e democracias europeias, não há nada como começarem por renovar aqueles que têm a palavra decisiva”, declarou o Presidente no fim do seu discurso.

O chefe de Estado defendeu que “também isso é um grande desafio para a Europa no ano que vem”, referindo-se às eleições de junho de 2024 para o Parlamento Europeu, e deixou um apelo: “Está nas vossas mãos. Agora vamos a isso. Viva a Europa democrática, mas social e solidária”.

Logo no início da sua intervenção, o Presidente da República abordou o tema da participação dos jovens na política, esclarecendo que “um dos problemas das democracias, e nas das democracias europeias, é que há poucos jovens em lugares de decisão na política nacional europeia”.

Marcelo Rebelo de Sousa alertou que “no debate das eleições europeias vai aparecer quem venha com propostas egoístas: ignorar o mundo, fechar a Europa, proteger a Europa, blindar a Europa, visões securitárias, não abrir, não dialogar, deixar para depois a solidariedade”.

“Não pode ser”, afirmou. “Tem de procurar a paz, tem de procurar o diálogo, tem de combater as xenofobias, tem de combater as desigualdades e as injustiças, tem de promover o desenvolvimento. Tem de olhar, vocês falaram nisso, para os problemas dos mais jovens, onde não há crescimento”, contrapôs.