O alegado uso de drones por Israel para matar o ‘número dois’ do Hamas terá violado o internacional humanitário.
“É proibido a todos os Estados privar arbitrariamente as pessoas do seu direito à vida em operações militares ou de segurança no estrangeiro, incluindo a luta contra o terrorismo”, sublinharam peritos das Nações Unidas, num texto assinado pelo relator da ONU sobre a promoção e proteção dos direitos humanos e das liberdades fundamentais na luta contra o terrorismo, Ben Saul, e o seu homólogo sobre execuções extrajudiciais, sumárias ou arbitrárias, Morris Tidball-Binz.
De acordo com os especialistas, os homicídios na sequência do ataque israelita poderiam constituir “execuções extrajudiciais” uma vez que Israel não deu justificação legal para o ataque nem o comunicou ao Conselho de Segurança, como exige o artigo 51 da Carta das Nações Unidas.
Além disso, a possibilidade de se argumentar com legítima defesa foi também excluída, uma vez que Israel não apresentou provas de que as vítimas estivessem a cometer um ataque armado contra Israel a partir do território libanês.