Partidos preveem gastar oito milhões de euros na campanha para as eleições legislativas

Em 2022, os partidos com assento parlamentar tinham projetado, conjuntamente, o equivalente a sete milhões e 293 mil euros de despesa na campanha

Os partidos com assento parlamentar preveem gastar quase oito milhões de euros na campanha para as eleições legislativas. O PS apresenta a maior despesa, superior a dois milhões e meio de euros.

Segundo os orçamentos para a campanha das eleições legislativas de 10 de março, revelados esta terça-feira pela Entidade das Contas e Financiamentos Políticos (ECFP), o total da despesa projetada pelos partidos é de 7.988.971 euros.

O PS é o partido que prevê a maior despesa com a campanha, com dois milhões e 550 mil euros. A maior parte será dedicada a comícios e espetáculos (732.049 euros), seguida de conceção de campanha, agências de comunicação e estudos de mercado (631.787), e estruturas, cartazes e telas (473.677).

A despesa é quase equivalente à que o PS tinha apresentado no orçamento para as eleições legislativas de 2022 (dois milhões e 450 mil euros). Os socialistas preveem arrecadar uma receita equivalente, proveniente, na totalidade, da subvenção estatal.

A Aliança Democrática (PSD/CDS/PPM) prevê uma despesa inferior em 50.000 euros à do PS, que corresponde à soma dos gastos previstos por sociais-democratas e centristas em 2022 – um milhão e 950 mil euros e 230 mil euros, respetivamente.

A principal fatia do orçamento da AD é dedicada a conceção de campanha, agências de comunicação e estudos de mercado (750 mil), seguida de propaganda, comunicação impressa e digital (535 mil) e custos administrativos e operacionais (435 mil).

Tal como o PS, a AD prevê gerar receitas equivalente às despesas, das quais dois milhões e 150 mil seriam provenientes da subvenção estatal, 275 mil da contribuição de partidos políticos e 75 mil da angariação de fundos.

Já a CDU (PCP/PEV) projeta gastos na ordem dos 785 mil euros, um aumento de mais 90 mil euros quando comparado com 2022. A coligação prevê uma receita da mesma ordem, dos quais 540 mil proveem da subvenção estatal, 235 mil da contribuição de partidos políticos e dez mil da angariação de fundos.

O Chega surge em quarto lugar, com gastos de 700 mil euros, equivalente a uma receita também ela de 700 mil euros, dos quais 300 mil são da subvenção estatal e 400 mil de contribuições. Por comparação com 2022, a despesa prevista é um aumento de 200 mil euros.

Também a IL aumenta os gastos em relação a 2022: dos 385 mil então previstos, passa agora para 645 mil, ao contrário do BE que prevê uma despesa de cerca de 508 mil euros, valor que compara com os 610 mil das últimas legislativas.

No mesmo sentido, o PAN prevê também gastos inferiores a 2022, passando de 228 mil euros para 204 mil, com uma receita equivalente, totalmente proveniente da subvenção estatal. Já o Livre duplica os gastos em relação a 2022, apresentando uma despesa de cerca de 95 mil euros. 

Em 2022, os partidos com assento parlamentar tinham projetado, conjuntamente, o equivalente a sete milhões e 293 mil euros de despesa na campanha para as eleições legislativas. Na altura também tinha sido o PS a apresentar a maior despesa.