UNRWA: Reestruturação ou fracasso

Segundo o The Wall Street Journal, estima-se que 1.200 funcionários da agência operam (ou operavam) a favor do Hamas ou da Jihad Islâmica palestiniana.

A Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Médio Oriente, a UNRWA, está em xeque – maioritariamente por parte das potências ocidentais – por alegado envolvimento nos ataques levados a cabo contra Israel no dia 7 de outubro.

Segundo o The Wall Street Journal, estima-se que 1.200 funcionários da agência operam (ou operavam) a favor do Hamas ou da Jihad Islâmica palestiniana, de acordo com os dados fornecidos pelos serviços de inteligência israelitas.

Hillel Neuer, um advogado especializado em direitos humanos internacionais e diretor executivo da United Nations Watch, escreveu na rede social X que «os relatórios de inteligência do 7 de outubro vistos pelo Wall Street Journal identificaram um professor de árabe da UNRWA que foi também um comandante terrorista e participou num ataque (…) em que 97 pessoas foram assassinadas e cerca de 26 raptadas (…)».

Vários debates têm surgido acerca da proporcionalidade da retaliação contra a agência, mas o que é certo é que as potências ocidentais – os maiores financiadores da organização – cortaram totalmente o apoio que, em 2022, representava cerca de 78,33% das ajudas totais.

Dos principais, mantiveram-se a Noruega, a Arábia Saudita, a Turquia, a Dinamarca, Espanha, a Bélgica, o Kuwait e o Catar. Philippe Lazzarini, chefe da UNRWA, demitiu de forma imediata os funcionários suspeitos com o objetivo de «proteger a capacidade da agência de prestar assistência humanitária». A medida não foi suficiente e esta crise promete agravar, ainda mais, o problema humanitário na Faixa de Gaza.