Os debates eleitorais arrancaram, esta segunda-feira, com um frente a frente entre Pedro Nuno Santos, secretário-geral do Partido Socialista (PS), e Rui Rocha, líder da Iniciativa Liberal. Num debate que passou pelos Açores, pela carga fiscal e ainda pela Saúde.
O líder socialista, antes de responder à primeira pergunta da jornalista Clara de Sousa, fez questão de esclarecer que as notícias, avançadas recentemente pelos media nacionais, sobre alegadas ajudas de custo indevidas e o IMI pago por uma casa que comprou por meio milhão de euros são “inaceitáveis”.
De seguida, dentro da temática das eleições no arquipélago açoriano, Rui Rocha explicou que não houve, “de todo”, derrota nos açores, apesar de a IL apenas ter conseguido eleger um deputado.
“Estamos presentes para apoiar aquilo que for vantajoso para os açorianos”, assegurou o líder liberal, sublinhando que o “único voto que muda Portugal é na Iniciativa Liberal”.
Já Pedro Nuno Santos reafirmou confiança em Vasco Cordeiro, explicando que qualquer decisão do órgão socialista no arquipélago contará com “todo” o seu apoio.
“Concordarei com qualquer decisão do PS Açores”, assegurou o secretário-geral do PS.
Já no debate fiscal, Rui Rocha defende que os socialistas não têm nada para oferecer aos eleitores e que políticas, que são “mais do mesmo” não vão resolver “nenhum dos problemas”.
“Uma mensagem para os jovens lá para casa: mais do mesmo”, rematou o líder liberal.
Para Pedro Nuno Santos, as propostas da IL não são mais de uma “falácia”. O socialista reconheceu que “todos desejamos pagar menos impostos”, mas apontou o dedo aos liberais, dizendo que a IL não “tem estratégia para desenvolver indústria e economia”.
As reduções de impostos “não vão transformar a economia” explicou Pedro Nuno Santos, “vão antes provocar um rombo nas contas públicas”.
Rui Rocha, na temática das empresas, defende que é importante “eliminar ou reduzir taxas e taxinhas”.
No tema da Saúde, o líder dos socialistas admite que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) tem problemas mas que a solução não passa por “desistir dele”.
“Ao fim destes anos todos, temos um SNS com problemas, mas que produz mais. Mas temos uma sociedade que está a envelhecer e que precisa mais dele”, explica.
O líder dos liberais contradiz e afirma que: “aquilo que temos hoje é um serviço de acesso a listas de espera e não a um SNS”. Rui Rocha esclarece que a proposta do seu partido é assegurar o acesso imediato a médico de família aos portugueses com +65 anos, assim como grávidas e crianças até aos 9 anos.
“Se o SNS tiver capacidade, perfeito. Se não tiver, contratando privados”, clarifica o liberal.
Pedro Nuno Santos critica ainda a IL de não ter dinheiro para pagar as propostas que promete: “A magia não existe. Governamos com a realidade”.