Muito ruído durante o debate todo. Esta segunda-feira, foi a vez do frente a frente entre Luís Montenegro e André Ventura.
O debate começa com o líder do PSD a afirmar que “não fará nenhum acordo” com o Chega. “Por uma questão de princípio, o PSD não alinhará com alguém que tem opiniões racistas, populistas e excessivamente demagógicas.”
“André Ventura não se compadece com a minha forma de estar na política. Disse que o PSD é uma ‘prostituta política’. Isto é o grau zero da política, não pactuo com esta linguagem”, disse o líder social-democrata.
Contudo, o líder do PSD recusa-se a responder se viabiliza governo do PS, dizendo apenas que só governa se vencer eleições e que não fará acordo com o Chega.
Em resposta, André Ventura cola o PSD ao PS. “Colo e sustento”, diz o líder do Chega, acusando ainda o líder dos sociais-democratas de “não se decidir”.
Um outro tema do debate foi o das forças de segurança, com Montenegro acusar o Chega de defender “os agentes de segurança possam ter filiação partidária e direito à greve. Duas coisas erradas”. Para a AD, esta “é uma forma de tentar colocar os partidos nas esquadras da polícia e nos postos da GNR”, sendo por isso uma “medida inaceitável”.
Já Ventura, em resposta, acusa Montenegro, colando-o ao PS, de ser “espezinhado” as forças de segurança.
“Os meus governos espezinharam? Quando o André Ventura andava lá de bandeirinha?”, remata Montenegro.
Entre as interrupções constantes, o tema agora é a corrupção. André Ventura diz que “o que toca ao coração das pessoas é o Ricardo Salgado estar no palácio em que está”.
Montenegro considera que Ventura “vive noutro mundo”.
Já no final, ambos os partidos definem e confiram qual o seu grande adversário: “O grande e único adversário que tenho é o PS, que é a alternativa de Governo. O PSD é o adversário do Chega, mas isso faz parte da dinâmica político-partidária”, diz Montenegro.
Já Ventura responde que o principal adversário do seu partido também é o PS, e que o PS e PSD, “têm inundado o país de corrupção, bandidos à solta” e “tachos”.