Paulo Raimundo e Rui Tavares estiverem frente a frente, esta terça-feira, para debater. Falou-se de acordos à esquerda, de cultura e de política internacional.
Sobre uma possível convergência à esquerda, Paulo Raimundo informa que o caminho “tem de ser caminho de rutura” e que o PCP “nunca falhará nenhuma convergência que responda aos problemas concretos do país”, promete.
Já Rui Tavares, sobre uma possível Gerigonça 2.0, começa por referir o que Pedro Nuno tinha defendido, em que um voto do PS serve para implementar as ideias do Livre. “Era só o mais faltava os partidos mostrarem essa autossuficiência. Votar no PS às vezes nem para implementar as ideias do PS serve”, afirma.
Mudando o caderno, o tema agora é a Ucrânia. “O PCP e o Livre têm posições divergentes sobre União Europeia”, começa por dizer o líder do Livre, confessando, no entanto, que “têm posições coerentes e, infelizmente, isto não é geral na política portuguesa.
“O Livre acredita que o projeto europeu é essencial para a globalização. A única hipótese que os europeus têm, perante a sua dimensão, é unirem-se para lutar contra o imperialismo”, afirma.
Já Paulo Raimundo contextualiza a guerra, afirmando que a guerra começou em 2014, e que a UE e os EUA e a NATO também são “intervenientes”. É preciso “pôr fim ao massacre na Palestina”, acrescenta.
Falando, agora, sobre as forças de segurança, Raimundo defende uma fusão entre a GNR e a PSP e, sobre a proposta do Chega para que tenham filiação partidária, diz que essa não é agora uma questão central, mas que os polícias devem, sim, ter direito à greve.
Rui Tavares, agora com a palavra, afirma que “com serviços mínimos, o direito à greve pode vir a ser reconhecido”, mas é contra os agentes se filiarem em partidos.
Já no final, e sobre a Cultura, o líder da CDU defende propostas para “valorização dos profissionais” e volta a pedir 1% do OE para a Cultura, uma medida que o Livre acompanha, também defendendo um “programa de arrendamento acessível” para projetos culturais que estão a perder as suas sedes.