O primeiro debate desta quarta-feira foi entre Rui Tavares (Livre) e Inês Sousa Real (PAN).
O primeiro tema foi sobre a decisão do juiz de instrução criminal de libertar os arguidos da investigação da Madeira, sem qualquer indiciação de crimes.
Rui Tavares defende que caso na Madeira “tem elementos de crise de regime”.
“É mau que estejam privadas da liberdade durante três semanas. A justiça, o Ministério Público tem o dever de investigar, mas também tem de comunicar melhor” disse.
Já a líder do PAN considera que a justiça, mesmo que imperfeita, funciona e que um debate sobre o seu estado atual deve ser feito “não só a reboque destes processos”.
Quando à decisão do PAN de pedir a demissão de Miguel Albuquerque, Inês Sousa Real continua a defendê-la para que “pudesse dar lugar à investigação”.
Um outro tema debatido foi sobre o lítio. Rui Tavares defende a exploração de recursos energéticos, como o hidrogénio, mas a conversa muda um pouco com o lítio, pois tem “reservas” sobre esta exploração.
Já Inês Sousa Real distancia-se da exploração de lítio. “O que temos é uma licença para destruir valores ambientais”, diz a porta-voz do PAN, referindo-se também a questões relacionadas com o DataCenter de Sines.
Continua afirmando que lítio e a energia nuclear trazem problemas com que se devem ter “as maiores reservas”, e defende que os provessos agora em curso devem ser suspensos.
Já Rui Tavares discorda da suspensão do DataCenter de Sines ou do hidrogénio sem que sejam reavaliados. “Portugal tem potencial no hidrogénio verde como na economia do conhecimento”, diz.
Inês Sousa Real, agora com a palavra, lamenta que o Livre não tenha acompanhado o PAN na alteração à Constituição.
Agora o debate é sobre impostos. Rui Tavares diz que a banca “dirigiu 95% dos portugueses para o crédito a taxas variáveis”, um caminho “que não aconteceu por acaso”, e remata dizendo que “muitos lucros que foram obtidos por más práticas da banca que devem ser mobilizados” para as famílias.
Já a porta-voz do PAN afirma defende taxas “quem mais lucra e mais polui para aliviar as famílias”, e dá um exemplo:o partido “foi contra os 300 milhões em “borlas fiscais, o que mostra que votar PAN e PS não é a mesma coisa”.