O PSD/Madeira acusou, esta terça-feira, os socialistas madeirenses de serem os autores das denúncias anónimas que levaram à abertura da investigação a suspeitas de corrupção na Madeira e de, assim, quererem “ganhar na justiça” o que não conseguem em eleições.
“Hoje é a [denúncia anónima] a melhor arma para derrubar um governo”, disse o deputado social-democrata Bruno Melim, numa intervenção política no plenário da Assembleia Legislativa da Madeira, no Funchal, citada pela agência Lusa.
Melim acrescentou mesmo que “parte das queixas eram anónimas”, mas que “depois de 24 de janeiro, alguns já reivindicaram a sua paternidade”.
Para Bruno Melim, há uma tentativa de “politizar a justiça e judiciar a política” e a situação provocou um “interregno na estabilidade política” da Madeira, o “único território português onde existia”.
O deputado disse ainda que no caso de o Presidente da República vir a dissolver a Assembleia da Madeira e convocar eleições antecipadas, o PSD “estará preparado”.
“O PSD não tem medo de eleições e vai estar de cabeça bem levantada e orgulho no legado de quase 50 anos de governação e pedir legitimidade democrática que sempre lhe foi conferida”, assegurou.
Em resposta ao social-democrata, o socialista Rui Caetano retorquiu que foram “altos dirigentes do PSD” que denunciaram alegadas “obras inventadas” no arquipélago.