Mariana Mortágua critica “campanha da extrema-direita” sobre caso da renda da avó

“Esta segunda tentativa da extrema-direita é tão ridícula como a primeira e vai ter o mesmo destino”, afirmou a líder do BE.

A coordenadora do Bloco de Esquerda recusou, esta quinta-feira, alinhar no que chamou de uma “campanha da extrema-direita”, referindo-se à história sobre a renda da sua avó.

Mariana Mortágua reafirmou que as suas declarações eram verdadeiras e que a renda da avó, na altura com 78 anos, poderia ter ‘saltado’ caso a geringonça não tivesse suspendido a aplicação da “lei Cristas”.

“Só alinha na campanha de extrema-direita quem tem mesmo muita vontade de alinhar em campanhas da extrema-direita. O que eu disse e mantive é que a minha avó viveu 69 anos na mesma casa. Tinha 80 anos quando descobriu que aos 85 a sua renda podia saltar. Artigos 35 e 36 da lei”, reiterou, sublinhando que o aumento “teria acontecido se a geringonça não tivesse suspendido a aplicação da lei Cristas”.

Sublinhe-se que a revista Sábado noticiou, esta quinta-feira, que a avó de Mariana Mortágua tinha 78 anos, na altura dos factos, ou seja a sua idade estava bem acima do limite para poder ser despejada. No mesmo artigo vem referido que a idosa paga 400 euros, ainda à data, por um apartamento na Avenida de Roma em Lisboa, que tem como inquilino uma IPSS.

“A extrema-direita está hoje a fazer a sua segunda tentativa de intoxicação desta campanha eleitoral”, acusou a líder bloquista. “Esta segunda tentativa da extrema-direita é tão ridícula como a primeira e vai ter o mesmo destino: vai mostrar o embaraço dos defensores de uma lei das rendas que foi cruel, que atacou as pessoas e que estes partidos de direita querem voltar a aplicar, querem voltar a reinstituir”, criticou.