Depois de Hamas ter informado que aceitava a proposta de cessar-fogo na Faixa de Gaza mediada pelo Egito e pelo Qatar, as Forças de Defesa israelitas revelaram que bombardearam mais de 50 alvos do grupo islamita palestiniano Hamas na região de Rafah, nas últimas horas. Os bombardeamentos foram dirigidos a “locais terroristas” localizados no extremo sul do enclave palestiniano em preparação da entrada das forças terrestres israelitas no leste de Rafah, de acordo com o porta-voz militar do Exército, Daniel Hagari.
Na segunda-feira de manhã, as Forças de Defesa israelitas emitiram uma ordem de evacuação para a região das zonas orientais de Rafah, afetando cerca de cem mil pessoas, num primeiro passo de uma ofensiva em grande escala contra a região, onde se encontram mais de 1,2 milhões de deslocados.
No entanto, Israel indicou que vai analisar a proposta cessar-fogo, mas já a considerou “superficial” e defendeu que “não é a mesma proposta” de um acordo que Israel e Egito acertaram há 10 dias, e que serviu de base para todas as negociações indiretas, revelou o canal 12 israelita.
Este plano está organizado em vários passos. O primeiro prevê a libertação de 33 reféns, em troca da libertação de centenas de terroristas, um cessar-fogo de mais de um mês, a retirada das forças IDF do Corredor Netzer e aumentar a ajuda humanitária. Numa segunda, a libertação de soldados e homens, em troca da libertação de terroristas graves com longas penas de prisão e continuar o cessar-fogo por mais de um mês. E por último, a libertação de corpos do reféns detidos em Gaza e retirada total das FDI da Faixa de Gaza.
Recorde-se que há vários meses que Egito e Qatar têm mediado conversações entre Israel e o Hamas, procurando encontrar uma solução para a guerra espoletada pelo ataque do movimento islamita em território israelita, no passado mês de outubro.