O PS e o Juntos pelo Povo (JPP) anunciaram esta segunda-feira um acordo pós-eleitoral na Madeira. A revelação foi feita numa conferência de imprensa conjunta com o socialista Paulo Cafôfo e Élvio Sousa do JPP, um dia depois de terem sido conhecido os vencedores das eleições, em que o PS elegeu 11 deputados e o JPP conseguiu nove, totalizando 20 deputados, mas sem conseguir formar maioria absoluta já que são necessários 24. Ainda assim, mais um do que o PSD que alcançou 36,1% dos votos e 19 mandatos e, neste cenário, os dois partidos avançam com um entendimento para tentar formar Governo e afastar o PSD do poder, ao fim de 48 anos.
“Após o resultado das eleições para a assembleia regional da Madeira e com objetivo de promover solução de Governo estável e responsável, PS e JPP chegaram a um compromisso conjunto”, declarou Paulo Cafôfo. E acrescentou: “O PS Madeira e o JPP tiveram mais votos e mais deputados que o PSD nestas eleições. Assim, decidimos formalizar uma declaração de princípios para, em primeiro lugar, encetar diálogo com os partidos com representação parlamentar eleitos, à exceção do PSD e do Chega, de modo a construir o apoio parlamentar mais robusto”.
Recorde-se que o PSD venceu as eleições antecipadas na Madeira e elegeu 19 deputados e Miguel Albuquerque mostrou-se disponível para dialogar com “todos os partidos”, sem, no entanto, mencionar nenhuma força política.
E enquanto o PSD perdeu mais de nove mil votos no domingo, em comparação com as regionais de setembro de 2023, o PS obteve mais 537, passando de 21,30% para 21,32% no domingo. Já o Chega conseguiu quatro deputados, o CDS-PP dois, e a IL e o PAN, um deputado cada. Saem da Assembleia Legislativa, em relação à anterior composição, o BE e a CDU.
A terceira força política mais votada agora foi o JPP, que em 2023 tinha sido o quarto partido, quase duplicando o número de votos: passou de 11,03% para 16,89%.