O Presidente russo, Vladimir Putin, deslocou-se à Coreia do Norte para celebrar um acordo de mútua defesa com o ditador norte-coreano Kim Jong-un. Recebido com pompa e circunstância – fazendo lembrar os já longínquos desfiles dignos dos grandes tiranos, Putin parece encontrar na Coreia do Norte um aliado do qual não pode prescindir. Teme-se assim um aumento de tensões entre as duas Coreias e um escalar do conflito na Ucrânia.
A cláusula mais importante do pacto é certamente a de mútua defesa, obrigando as partes envolvidas a reagir contra um ataque ao ‘parceiro’, mas há outra nuance neste acordo: existe o risco da cooperação entre os dois líderes autocráticos no que diz respeito a armas nucleares.
O Ocidente, sem surpresas, está atento, com o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, a afirmar que está «preocupado com o possível apoio da Rússia à Coreia do Norte no âmbito dos seus programas nucleares e de mísseis».
Com isto, mais um passo foi dado no aprofundamento do ‘Eixo do Mal’ – nome atribuído pelo senador republicano Mitch McConnel – que conta também com o Irão e com a China.