A líder do Bloco de Esquerda considera que a atribuição do subsídio de risco à PSP e GNR é “a única forma de pacificar este setor”.
“A atribuição deste subsídio em condições de igualdade, que foi uma proposta que o BE já trouxe à Assembleia da República, que já fez votar e que já aprovou na forma de projeto de resolução nesta legislatura, é a única forma de pacificar este setor que tem reivindicações que são justas. Por isso, penso que o que se exige ao Governo neste momento e o que se exige ao primeiro-ministro é que resolva o problema”, afirmou Mariana Mortágua, em declarações aos jornalistas na Assembleia da República.
A bloquista reagia assim às afirmações do primeiro-ministro que disse que o Governo não ia colocar “nem mais um cêntimo” na proposta para as forças de segurança, sublinhando que já foi feito “um esforço medonho” e que recusa “trazer de volta a instabilidade financeira”.
Mariana Mortágua fez ainda questão de lembrar que o PSD, antes de chegar ao Governo, tinha criticado o executivo anterior por ter atribuído o subsídio à Polícia judiciária e não às forças de segurança.
“Houve uma concordância generalizada de que esse subsídio devia ser atribuído da mesma forma e em justiça e igualdade a todas as forças de segurança”, sublinhou.
Para a líder do BE, “a única resposta possível é criar uma igualdade e, portanto, atribuir às restantes forças de segurança, PSP e GNR neste caso, o subsídio de risco que foi atribuído à Polícia Judiciária”.
“Neste momento a margem que falta entre a proposta do Governo e o subsídio que está a ser pedido pelas Forças de Segurança são 100 euros”, frisou, defendendo que a atribuição deste subsídio “não coloca” em causa as contas públicas.