Cerca de 300 mil pessoas saíram este domingo às ruas de Telavive para se manifestarem contra o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, após a morte de seis reféns em Gaza ter desencadeado protestos em todo o país.
A notícia de que os seis reféns, cujos corpos foram recuperados pelo exército num túnel no sul da Faixa de Gaza, tinham sido todos mortos “com vários tiros disparados à queima-roupa” apenas 48 a 72 horas antes, segundo uma autópsia divulgada pelo Ministério da Saúde, inflamou os ânimos. Muitos israelitas acreditam que um acordo de cessar-fogo teria evitado as mortes.
Os protestos em todo o país ao longo dia tiveram epicentro em Telavive, e chegaram a cidades como Jerusalém e Haifa. Segundo o diário israelita Haaretz, a manifestação em Telavive contou cerca de 300.000 pessoas.
Nos arredores da cidade, os manifestantes bloquearam autoestradas, chegando mesmo a criar barricadas com pneus a arder. Também na cidade portuária de Haifa, no norte do país, milhares de pessoas bloquearam as entradas, agitando a bandeira nacional.
A guerra em Gaza foi desencadeada pelo ataque sem precedentes pelo movimento terrorista Hamas contra Israel no dia 07 de outubro de 2023, que resultou na morte de 1.205 pessoas do lado israelita, maioritariamente civis, segundo um levantamento da AFP com base em dados oficiais.
Os protestos prometem continuar durante toda a semana, uma vez que a maior organização sindical de Israel, a Histadrut, anunciou uma greve geral a partir de amanhã, segunda-feira, que incluirá o Aeroporto Internacional de Telavive.