Quem fala assim é Lucília Gago

Bombardeada por perguntas de todos os partidos, Lucília Gago defendeu que nem 15h davam para responder a todas as questões. Mas falou das escutas

A procuradora-geral da República, Lucília Gago, foi ouvida no Parlamento onde começou por esclarecer «de uma vez por todas» que nunca pediu o adiamento da audição, tendo apenas sugerido ser ouvida depois da conclusão do relatório de atividade do MP. E deu vários números, garantindo que nos últimos anos – desde que iniciou o seu mandato – «o quadro de inspetores em atividade duplicou. O que permite uma mais apertada verificação dos magistrados e uma deteção prematura de problemas».

Bombardeada por perguntas de todos os partidos, Lucília Gago defendeu que nem 15h davam para responder a todas as questões. Mas falou das escutas. «As interceções telefónicas carecem de autorização judicial e de renovação dessa mesma autorização. Tem de haver por parte do magistrado titular do processo a avaliação sobre a estrita necessidade de recorrer a escutas telefónicas», defendendo que a lei, «tal como está, está bem», acrescentando que o MP só recorre a escutas telefónicas quando «percebe que elas são essenciais».