Hezbollah confirma morte de segundo comandante em ataque israelita

O novo ataque seguiu-se a duas vagas de explosões de milhares de dispositivos de comunicação

O Hezbollah anunciou este sábado a morte de um segundo comandante superior num ataque israelita na sexta-feira nos subúrbios do sul de Beirute. A ofensiva contra o reduto do movimento libanês na capital do Líbano deixou pelo menos 15 mortos.

O grupo xiita pró-iraniano afirmou que Ahmed Mahmoud Wahbi liderou as operações militares da sua unidade de elite Radwan até o início deste ano em apoio ao Hamas palestiniano, em guerra contra Israel em Gaza desde 07 de outubro de 2023.

Em comunicado, o movimento admitiu que o ataque de sexta-feira matou 15 combatentes do Hezbollah, entre eles o chefe da unidade Radwan, Ibrahim Aqil. Por seu lado, a partir de Gaza, o movimento terrorista do Hamas lamentou a morte de Aqil, garantindo que Israel vai pagar “um preço elevado” pelo ataque.

“Este crime cometido pela ocupação [israelita] é um ato imprudente pelo qual pagará um preço elevado, e o sangue do líder mártir Ibrahim Aqil […] será a chama que engolirá esta entidade artificial”, lê-se no comunicado do Hamas.

O Hezbollah confirmou, além da morte de Wahbi, as de dois outros comandantes das forças especiais de Radwan, Abu Yasser Atar e Al Hajj Nineveh.

A morte de Aqil ocorreu menos de dois meses depois de um outro atentado atribuído a Israel ter matado o então principal comandante militar do Hezbollah, Fouad Chokr, também num edifício em Dahye.

Desta vez, o novo ataque seguiu-se a duas vagas de explosões de milhares de dispositivos de comunicação transportados por membros do Hezbollah – e atribuídos a Israel – em que 37 pessoas morreram e quase 3.000 ficaram feridas no Líbano.