O secretário-geral do PS afirmou, esta sexta-feira, que o PS não viabilizará um Orçamento do Estado que inclua as alterações ao IRS e ao IRC propostas pelo Governo. “Nem nenhuma modelação” dessas mesmas medidas, porque estas “são más” e nem isso as tornaria boas, acrescentou Pedro Nuno Santos, após hora e meia de reunião com o primeiro-ministro.
O líder socialista, em declarações aos jornalistas na sede do PS, adiantou que teve a “oportunidade de apresentar propostas e condições” dos socialistas para viabilizar o Orçamento do Estado para 2025.
“O Orçamento será 99% da responsabilidade do governo, o que dizemos é que há duas medidas que nós não podemos aceitar”, sublinhou, lembrando que o documento só pode ser viabilizado de duas formas, ou seja, “com o Chega ou com o PS”.
Sobre o IRS Jovem, Pedro Nuno Santos propôs que os mil milhões de euros previstos para essa medida “sejam aplicados em mais habitação, no aumento das pensões e num regime de exclusividade para os médicos no Serviço Nacional de Saúde”.
Em relação ao IRC, defendeu que este “não é a causa da lentidão da transformação da economia portuguesa”.
Segundo o líder socialista, Luís Montenegro vai agora “analisar as propostas apresentadas” pelo PS.
Recorde-se que proposta de Orçamento do Estado para 2025 tem de ser entregue na Assembleia da República até 10 de outubro.
A aprovação do documento do Governo precisa da abstenção do PS ou do voto a favor do Chega.