Moedas quer mulheres

Carlos Moedas já está a organizar a equipa que o vai acompanhar em Bruxelas nos próximos anos, na condução do pelouro da Investigação, Ciência e Inovação durante da Comissão Europeia. Encontrar colaboradores portugueses e respeitar as quotas de género estão entre as preocupações do comissário português.

Moedas quer mulheres

Ter mulheres na equipa não é uma obrigatoriedade, mas é uma das preocupações do ex-secretário de Estado, em linha com o espírito reinante em Bruxelas.

Além disso, Carlos Moedas   quer constituir uma equipa pequena, “de seis a sete pessoas” – como revelou ao SOL fonte próxima. O entusiasmo em torno da missão de Moedas é grande entre o seu círculo mais próximo. “Esta pasta é a mais importante para o crescimento e para que a Europa consiga sair de onde está”, diz fonte próxima do comissário.
Carlos Pimenta – que foi eurodeputado com uma forte ligação às áreas do Ambiente e da Energia – não tem dúvidas de que a pasta será essencial, já que “é o momento em que o Mundo está a viver a verdadeira revolução científica e tecnológica”.

Pimenta considera que este pelouro “é extremamente aliciante”, mas não isento de dificuldades. “A principal vai ser a capacidade de congregar”, já que do lado europeu há que conciliar as vontades de 28 países, quando  os principais concorrentes da Europa “são os Estados Unidos, a China e o Japão, países com uma grande homogeneidade”.
Para já, até dia 30 – data em que vai a 'exame' numa audição no Parlamento Europeu para ser aprovado como comissário – Moedas remete-se ao silêncio.

O ex-secretário de Estado Adjunto de Passos tem estado entre Bruxelas e Estrasburgo, onde conta com aquele que foi o seu chefe de gabinete no Governo, António Vicente, e com uma funcionária europeia italiana que já conhece há duas décadas e que o está a ajudar nesta fase de preparação.

sofia.rainho@sol.pt