Seguro pede a Passos para ver as suas contas

Depois de Passos Coelho ter admitido que recebeu o pagamento de despesas de representação pagas por uma organização não governamental da Tecnoforma (o Centro Português para a Cooperação), Seguro elevou a parada e desafiou Passos a levantar o sigilo bancário e tornar públicas as suas contas entre 1997 e 2001.

"A verdade não prescreve", atirou António José Seguro, que considera que ver as contas bancárias de Passos será a única forma de esclarecer o caso.

 "Não, não recebi", limitou-se a responder Passos, explicando que tudo o que recebeu do Centro Português para a Cooperação foi para reembolsar despesas em viagens feitas a Cabo Verde e Bruxelas.

 "Não tive cartão de crédito nem recebi remuneração", assegurou o primeiro-ministro, "sob compromisso de honra", acusando Seguro de querer "vasculhar" as suas contas bancárias.

 Passos disse ainda ter demonstrado "total disponibilidade " para dar todos os elementos à Procuradoria-Geral da República, mas recusando mostrar os seus vencimentos ao Parlamento.