Seguro reuniu-se com um pequeno grupo de dirigentes e outros elementos do seu círculo mais próximo, na segunda-feira à noite. Segundo o SOL apurou, a generalidade dos presentes manifestou-se pela continuidade do ex-secretário-geral nas bancadas do Parlamento.
Na quarta-feira, o cabeça-de-lista do PS por Braga fez saber que renunciava ao mandato parlamentar. Se não o tivesse feito, nesse dia ser-lhe-ia marcada a quarta falta ao plenário, onde nunca mais comparecera desde a derrota nas primárias.
A maioria das reacções foi de apoio. “É uma decisão que merece ser respeitada”, disse Maria de Belém, presidente do PS e secretária-geral em exercício até ao próximo Congresso. “Só tenho a dizer que compreendo perfeitamente a situação”, secundou Ferro Rodrigues, o líder parlamentar que recebeu por email, a comunicação de Seguro. Ao SOL, João Soares diz que “não teria renunciado”, mas compreende a atitude.
Mais assertivo foi Álvaro Beleza, dirigente próximo do ex-líder e protagonista de um acordo com António Costa para garantir a representação da ala segurista no novo PS. “Não ia agora para a sexta fila do Parlamento depois de ter sido líder do PS. Isso não fazia sentido”, afirmou ao SOL.
Aulas na universidade
Do lado dos apoiantes de Costa, o ex-dirigente Ascenso Simões demarcou-se. “A demissão do António não honra a política, ao contrário do que vejo dito. E por uma razão simples: ele não foi eleito deputado para ser secretário-geral, mas para representar os portugueses”, escreveu no seu Facebook.
Seguro vai agora dar aulas numa universidade. A profissão de professor é aliás a que indica no seu currículo. Licenciado em Relações Internacionais, o ex-líder do PS frequenta um mestrado em Ciência Política.