Carlos César dá os parabéns ao CDS

A estratégia do PS à direita é clara: acusar o PSD de não contribuir para o debate político e afastar centristas e sociais-democratas. E isso ficou mais uma vez claro no debate quinzenal desta quarta-feira.

António Costa veio para o Parlamento com o repto de pôr todos os partidos a discutir e a lançar propostas para o Programa Nacional de Reformas. Depois de Passos Coelho se ter recusado a apresentar propostas de alteração ao Orçamento do Estado para 2016, este é mais um momento em que o PS quer deixar claro que é o PSD quem se exclui do debate.

"Os deputados do PSD estão cada vez mais transparentes, mas apenas no pior sentido: é como se não estivessem cá", lançou o líder parlamentar do PS, Carlos César, depois de lamentar que Passos não tenha querido apresentar propostas para o Programa Nacional de Reformas.

"Afinal, não aproveitaram ainda esta semana para se despedir do bota-abaixo, do passado que o persegue, do ciúme da atual governação, do discurso sobre o nada e para renovarem a sua atitude, parecendo querer dizer que partido velho não aprende outras linguagens", disse César, que aproveitou para, mais uma vez, sublinhar a diferença entre PSD e CDS – na senda do que António Costa tem feito à saciedade de cada vez que elogia a atitude "construtiva" da nova líder centrista, Assunção Cristas.

"Já só falo do PSD, porque a caranguejola teve vida curta. O atrelado livrou-se do rebocador, ganhou motor e passou-lhe à frente. Parabéns, CDS ", atirou Carlos César, enquanto na bancada centrista vários deputados abanavam a cabeça em sinal de reprovação.