CGD: Costa diz que não vai interferir no fecho de balcões

António Costa assegura que a sua prioridade é manter uma “gestão independente” na Caixa Geral de Depósitos e que, por isso, não vai impedir as medidas de redução de pessoal e de fecho de balcões que, recordou, estão previstos no plano de reestruturação do banco do Estado.

"O Governo não interferirá na gestão diária da Caixa", afirmou António Costa, que diz não tencionar travar o encerramento de balcões ou a redução de recursos humanos.

Costa recordou que o "plano de reestruturação prevê efetivamente que haja uma redução de pessoal sem despedimentos, através de rescisões amigáveis, e uma redução de balcões", e que esse mesmo documento já assegura "que em nenhum concelho deixa de haver CGD" sem que isso implique qualquer interferência do Governo.

Montenegro fala em privatização encapotada

Luís Montenegro veio hoje ao debate quinzenal dizer que as obrigações prepétuas que estão a ser emitidas para conseguir capital de privados no banco do Estado constitui na prática uma privatização.

"O que está em curso é uma privatização geringonçada", atacou o líder da bancada do PSD, que gostava de saber por que motivo o Governo optou por fazer esta operação de capitalização no Luxemburgo.

António Costa deixou essa pergunta sem resposta, mas vincou que ações e obrigações não são a mesma coisa e recusou a ideia de que haja uma privatização da CGD, uma vez que "as obrigações são perpétuas mas podem ser amortizadas".