André Ventura sobre esquadra de Alfragide: “As generalizações são sempre perigosas”

O candidato à Câmara de Loures, André Ventura, em entrevista ao Jornal i, diz que “se há alguém que abusou do seu poder e da sua autoridade, agredindo cidadãos arbitrariamente, deve ser punido e sancionado”.

Como viu o caso da esquadra em Alfragide acusada de racismo?

Nós não podemos esquecer que em todos os grupos há bons e maus. As generalizações são sempre perigosas. Conheço muitos polícias, dou aulas a muitos, e são geralmente pessoas bem formadas, determinadas e com orientação para o serviço público. Temos de ser tratados todos pela mesma bitola: se há alguém que abusou do seu poder e da sua autoridade, agredindo cidadãos arbitrariamente, deve ser punido e sancionado. O processo verificará se isso aconteceu ou não.

Acha que não aconteceu?

Não sei, não conheço o processo. O que sei é que muitos destes processos começam assim e acabam em absolvições. É ver as estatísticas. É fácil atacar a polícia. Ninguém estava lá para ver. Com isto é que se esquece a falta de meios que a polícia tem. 

Consigo isso seria uma prioridade? 

Completamente, se o Estado não fornecer meios à PSP, que é quem tem essa responsabilidade, então a Polícia Municipal irá definitivamente crescer. Eu não admito que haja apenas um carro por cada freguesia. Estamos a falar de freguesias com milhares de pessoas e de problemas de criminalidade muito sérios. 

É essa a prioridade maior da sua candidatura?

São três. A segurança, o apoio às famílias e a mobilidade nos transportes. Este é um dos maiores concelhos do país e está literalmente a afogar-se em problemas de mobilidade, estacionamento e transportes. Se vier de Santa Iria da Azoia para o hospital de Loures, tem de passar por três transportes públicos. Se passar no centro, é um caos com os camiões pesados a passar a meio do dia. O presidente da câmara entende que isto é competência da administração central e que não tem nada que se preocupar com isto. É a linha ideológica do Partido Comunista: autonomia e participação dos munícipes morrem à nascença. Bernardino Soares não responde ao povo de Loures, responde ao comité central.