Rendas das casas aumentam (apenas) 0,2% no segundo trimestre

Os dados do INE divulgados esta quinta-feira confirmam uma desaceleração a fundo, em comparação com o aumento de 10% verificado nos primeiros três meses do ano – uma situação que se justifica com a pandemia de covid-19. Em Lisboa, preços da renda desceu 6,4%.

As rendas em Portugal aumentaram apenas 0,2% no segundo trimestre de 2020, divulgou esta quinta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE). Os dados do INE confirmam uma desaceleração a fundo, em comparação com o aumento verificado nos primeiros três meses do ano, fixado em 10% – uma situação que resulta das consequências associadas à pandemia de covid-19.

“No 2.º trimestre de 2020 (últimos três meses), o valor mediano das rendas dos 13 772 novos contratos de arrendamento de alojamentos familiares em Portugal atingiu 5,41 euros/m2. Este valor representa um aumento, face ao período homólogo de 2019, de apenas 0,2%, muito abaixo da taxa de variação homóloga observada no 1.º trimestre que se cifrou em 10%”, refere o relatório. O INE adianta ainda que, neste período, o valor mediano das rendas de alojamentos familiares fixou-se nos 5,41 euros por metro quadrado em Portugal.

Queda dos preços em 12 concelhos. Apesar do números de novos arrendamentos ter aumentado 4,8% no segundo trimestre, para um total de 13 772 contratos, as rendas apenas subiram 0,2%. E houve mesmo a descida dos preços da renda em 12 concelhos do país, como aconteceu no caso de Lisboa. Os preços da renda na capital desceram 6,4%, um valor apenas superado pela queda registada em Cascais (-10,1%). No Porto, o valor mediano das rendas caiu 1,1%.

Por outro lado, Loures (+15,7%), Amadora (11,6%) e Odivelas (8,5%) foram os municípios com maiores subidas nos valores de arrendamento.