André Ventura responde a Joacine: “Na Guiné é que estava bem”

Líder do Chega reagiu às declarações de Joacine Katar Moreira, que comparou a multa que André Ventura pode vir a pagar, num processo de discriminação, ao preço de um “amendoim”

O presidente do Chega respondeu esta tarde através da rede social Twitter às declarações da deputada Joacine Katar Moreira sobre o valor da multa que poderá ser aplicada a André Ventura por discriminação de cidadãos de etnia cigana – cerca de 440 euros. “Na Guiné é que estava bem”, escreveu o candidato presidencial.

Ao partilhar uma notícia, na qual Joacine compara o valor da multa com o preço de um “amendoim”, o deputado disse: “É aquilo que eu sempre disse. Na Guiné é que estava bem!”.

Joacine Katar Moreira nasceu na Guiné-Bissau, mas veio morar para Portugal com oito anos e possui dupla nacionalidade: é luso-guineese.

Na origem desta discussão, está uma denúncia foi feita pelo Alto Comissariado para as Migrações, que acusa o deputado único do Chega de ter uma conduta “discriminatória e hostil” e um discurso “ofensivo”, aquando da partilha de uns gráficos de André Ventura no Twitter, sem qualquer fonte, sobre o nível de dependência do rendimento social de inserção, onde escreveu: “A verdade acaba sempre por prevalecer. Quase 90% da comunidade cigana vive de 'outras coisas' que não o seu próprio trabalho”.

Depois de conhecido o valor que André Ventura pode vir a pagar por estas ações, a ex-deputada do Livre reagiu: “438,81 euros nem sequer é metade do custo de um outdoor que o Chega tem aos montes espalhados pelo país. 438,81 euros, o preço da multa, é o preço de um amendoim para André Ventura, que cospe sobre uma comunidade inteira há anos e sai impune”, disse. Joacine considera ainda o líder do Chega “um agressor e não pode sair impune dos seus atos e comentários racistas e xenófobos, para mais enquanto representante eleito”.

 

 

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