Pandora Papers. Identificados três políticos portugueses em investigação sobre paraísos fiscais

Segundo o semanário Expresso, estes são Manuel Pinho, Nuno Morais Sarmento e Vitalino Canas.

A mais recente investigação do Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação identifica três políticos portugueses com “segredos financeiros” políticos que o semanário Expresso diz serem Manuel Pinho – ocupou o cargo de Ministro da Economia e da Inovação em 2005-2009 no governo maioritário de José Sócrates -, Nuno Morais Sarmento – foi Ministro da Presidência, com Durão Barroso (2002-2004), e Ministro de Estado e da Presidência, com Santana Lopes (2004-2005) – e Vitalino Canas – antigo deputado, advogado, professor universitário e Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, sob a chefia de António Guterres, entre 1995 e 2002.

A nova investigação do consórcio (ICIJ, na sigla em inglês), cujo título é “Pandora Papers”, dá a conhecer os “segredos financeiros” de 35 líderes mundiais (atuais e antigos) e de mais de 330 políticos e funcionários públicos, de 91 países e territórios, entre os quais Portugal. Tal como é explicado no site oficial do consórcio, os 11,9 milhões de registos analisados pelos jornalistas são oriundos de 14 empresas de serviços offshore e, deste modo, encontram-se nos mais variados formatos, tendo correspondido este trabalho a "um enorme desafio de gestão de dados".

Recorde-se que, em 2016, foi divulgado o trabalho de investigação Panama Papers que trouxe a público esquemas de lavagem e ocultação de património. Foram investigadas informações sobre mais de 214 mil empresas offshore em mais de 200 países e territórios, sendo que mais de 240 cidadãos portugueses ou com residência em Portugal com ligações diretas ou indiretas a offshores criadas pela empresa Mossack Fonseca foram visados.