PSD não vê “nenhuma razão” para “empurrar eleições” para depois de 16 de janeiro

Rui Rio diz que as “eleições têm de ser o mais depressa possível” e que não vale a pena “andar aqui a arrastar uma Assembleia da República que sabe que vai ser dissolvida e que não tem força política”.

PSD não vê “nenhuma razão” para “empurrar eleições” para depois de 16 de janeiro

Rui Rio, presidente do PSD, disse que não vê "nenhuma razão de interesse nacional para empurrar as eleições" para depois de 16 de janeiro. 

"As eleições têm de ser o mais depressa possível, nos exatos termos em que o Presidente da República o referiu, logo após a entrega do Orçamento do Estado, de forma a que ainda haja Governo em janeiro", afirmou Rui Rio aos jornalistas depois da reunião que durou cerca de dez minutos com o Presidente da República, em Belém. 

Para o líder do PSD, a realização das eleições seria impossível em dezembro ou no primeiro fim de semana de janeiro, devido à proximidade com a época festiva do Natal e do Ano Novo. 

Ainda assim, Rui Rio considerou 9 de janeiro como uma "primeira data possível". "Se, ainda assim se entender que devemos afastar campanha eleitoral oficial do Natal – apesar de ela ir acontecer -, pode ir-se até 16 de janeiro. A partir daí, não vejo nenhuma razão de interesse nacional para empurrar as eleições para a frente e inviabilizar que haja Governo em janeiro", sublinhou o presidente do PSD, prevendo que, mesmo com estas datas, será "difícil" existir um Orçamento do Estado antes de junho, principalmente se houver um diferente Governo no poder. “Com um Governo do PS pode ser um bocadinho mais rápido, com um Governo novo não, o que é compreensível”, sustentou Rio. 

Rui Rio também justificou a sua posição com o Plano de Recuperação e Resiliência que “tem um tempo muito certo para ser concretizado e os três anos já estão a contar”. 

Interrogado sobre a audiência de Marcelo com Paulo Rangel, esta semana, Rui Rio disse que não conversaram sobre isso, ainda que tenham falado sobre a situação interna do PSD, frisando ainda que não existiu "tensão nenhuma" com o chefe de Estado. 

Quanto aos diplomas que estão por concluir no Parlamento, o presidente do PSD disse que “todos temos lá diplomas que gostávamos de ser aprovados”, mas que "tirando uma situação ou outra excecional”, o Parlamento deve ser dissolvido o mais rápido possível, para não "andar aqui a arrastar uma Assembleia da República que sabe que vai ser dissolvida e que não tem força política”.

{relacionados}