“Não havia nenhuma razão para cancelar a viagem”, diz Marcelo depois de visitar Angola por motivos “inadiáveis”

Para o Presidente da República, a viagem até a Angola não fazia sentido ser cancelada, uma vez que o país não está abrangido pelas restrições impostas pela nova variante Omicron, que está a fazer com que muitos países proíbam viagens de e para a África Austral, onde se situa esse país. 

“Não havia nenhuma razão para cancelar a viagem”, diz Marcelo depois de visitar Angola por motivos “inadiáveis”

O Presidente da República disse, esta segunda-feira, que não encontrou motivos para cancelar a sua viagem a Angola, uma vez que o país africano não está abrangido por nenhuma restrição imposta devido à nova variante – Omicron – da covid-19, garantindo que cumpriu "todos os requisitos sanitários" e elogiando o sistema de controlo ao vírus daquele país. 

"Angola não só não estava abrangida por nenhuma restrição, como fechou as fronteiras a outros países – Moçambique, África do Sul, e etc -, como tem um sistema de controlo de covid-19 primoroso", vincou Marcelo Rebelo de Sousa, ao apontar que "não havia nenhuma razão para cancelar a viagem".

Para o Presidente, o cancelamento da viagem traria várias consequências, como assuntos que são "inadiáveis". "Havia, no plano bilateral e multilateral, coisas inadiáveis que ou era agora ou já não era possível fazer", sustentou, assegurando que "foi uma deslocação que, além da sua justificação política, preenchia todos os requisitos sanitários".

Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, a viagens serviu para tratar de assuntos importantes, que envolvem lusoangolanos, e de assuntos de África, nos quais precisaria de lidar com o presidente da União Africana e com o futuro presidente da CPLP.

Quanto à nova variante Omicron, Marcelo Rebelo de Sousa, sem grandes precipitações, afirmou que as medidas que vão entrar em vigor a partir desta quarta-feira "continuam a ter a sua lógica", visto que ainda não se sabe o quão agressiva é esta nova estirpe da covid-19. 

"Neste momento, não temos dados que nos permitam dizer que é preciso tomar mais medidas", considerou, ao indicar que, "até prova em contrário", acredita naquilo que os especialistas dizem sobre esta variante: não é mais preocupante do que as anteriores, ainda que possa ser mais contagiosa. 

Desta forma, o Presidente afirmou que vai manter a sua agência, visto que está "relativamente calma e serena", sublinhando ainda que já tem a dose de reforço tomada e que vai fazendo rotineiramente, "todos os dias", despiste ao vírus. 

{relacionados}