E as crianças, senhor?

Se as crianças em geral não têm sintomas, e se a vacinação não evita o contágio, qual é o racional de as vacinarem em massa?

O meu artigo anterior sobre a covid-19 e as vacinas, com o título Os ‘negacionistas’, tornou-se viral e teve imensas reacções. O que mostra que há muita gente com dúvidas sobre o assunto. A vacinação das crianças, sobretudo, levanta enormes interrogações. As pessoas perguntam-se: por que razão não permitem um debate aberto sobre o tema? Por que razão o Facebook censura opiniões discordantes, mesmo de médicos e cientistas? O que se pretende esconder?

De facto, somos bombardeados diariamente com declarações de políticos e opiniões de médicos e cientistas a apelar à vacinação das crianças. É o primeiro-ministro. É a ministra e o secretário de Estado da Saúde. É o ministro da Educação. São ‘profissionais de saúde’ a toda a hora nos telejornais. Mas não se vê o contraditório. E ele existe. Basta consultar as redes sociais para ver que ele existe – e é fundamentado.

O almirante Gouveia e Melo, que há poucos meses ironizava sobre a vacinação das crianças – «qualquer dia querem vacinar os bebés a partir dos zero anos», dizia – calou-se. Porquê? Convenceu-se do contrário? Mandaram-no calar?
Até hoje, ninguém conseguiu apresentar um argumento convincente sobre a vacinação das crianças. 

Vacinar para quê, se a esmagadora maioria das crianças não tem sequer sintomas? Perante esta evidência, surgiu outro argumento: a vacinação das crianças evitaria o contágio aos adultos, sobretudo aos mais velhos e aos mais vulneráveis.

Mas este argumento também caiu logo pela base, pois é notório que a vacinação não impede o contágio. Basta olhar para os números: hoje há mais infecções do que há um ano, apesar de quase 90% da população estar vacinada. 
Do ponto de vista do contágio, a vacina não serve para nada. A vacina serve para tornar a doença menos grave. 

Mas se as crianças não têm em geral sintomas; se mesmo vacinadas podem transmitir a doença, então para quê vaciná-las? É esta a pergunta a que ninguém sabe responder – porque simplesmente não tem resposta.

A única resposta possível seria esta: para tentar mais um meio de combater a pandemia. Ou, por outras palavras: para ver se dá. O argumento seria aceitável se houvesse uma certeza absoluta de que a vacina não terá efeitos secundários graves, designadamente a prazo. Mas isso não é possível saber. Não se pode acelerar o tempo. E assim não sabemos o que poderá acontecer às crianças vacinadas daqui a um ano, daqui a cinco, daqui a dez. Ao nível cerebral, ao nível cardíaco, ao nível do aparelho reprodutivo. 

Temos de acreditar na ciência, dizem-nos. Só que aqui não se trata de ciência – trata-se de fé. Se estivéssemos a falar de ‘verdades científicas’, seriam irrefutáveis. Ora, há muitos cientistas e muitos médicos que têm dúvidas em relação à vacina e muitos mais os que são contra a vacinação das crianças. 

Nesta pandemia, a ciência tem andado às apalpadelas. Anda em fase de ‘experimentação’. Uma das vacinas só se dava primeiro aos menores de 60 anos e depois passou a ser o contrário. Qualquer das vacinas seria válida para um período alargado, depois passou a ser válida apenas por seis meses, depois por cinco e já vai em três. Já se administrou uma 3ª dose, o Governo já encomendou a 4ª e já se fala em 5ª. E por que razão hoje quase só se administra a vacina da Pfizer? O que levou a que se abandonassem as outras? 

Mas, andando a ciência ainda a ‘apalpar’, como se corre o risco de vacinar as crianças? Todos nos lembramos da Talidomida, também criada pela ‘ciência’ e aprovada em todo o mundo – que passados uns anos começou a produzir bebés defeituosos.

A agravar as coisas, esta vacina que se está a administrar aos mais pequenos não é uma vacina convencional – é uma vacina que intervém no ADN. E a experiência neste campo é ainda muito escassa.

Não sou nada dado a teorias da conspiração, mesmo nada, mas recordo que este processo envolve muitos milhares de milhões de euros e de dólares. Fala-se muito na vacina mas poucos falam de um medicamento para a cura da doença. Acontece que um medicamento só seria receitado aos doentes – enquanto a vacina é administrada a toda a gente. São pelo menos dez vezes mais ‘clientes’.

Há outra coisa estranha nesta pandemia. A pneumónica, por exemplo, teve três fases: uma primeira ligeira, uma segunda terrivelmente mortífera e uma terceira mais branda. Ora, nós já vamos na quinta vaga – e não vemos modo de acabar com isto. Dir-se-á que a globalização favorece mais os contágios. É verdade. Mas a pneumónica, recorde-se, ocorreu durante a 1ª Guerra Mundial, quando as movimentações de tropas e mesmo de populações eram muito grandes, em condições de higiene muito piores do que as que hoje existem.

Em fases da História onde a ciência era muito mais rudimentar, em que a higiene era muito mais precária, em que tudo ajudava à propagação do mal, conseguiu erradicar-se a doença. E agora, com muito mais meios, é preciso ‘experimentar’ a vacinação de todas as crianças, com todas as incógnitas que rodeiam a vacina… Uma vacina que – note-se –, uma vez dada não pode ser travada, ou seja, os seus efeitos são irreversíveis. 

Antes da toma da vacina, os pais das crianças assinam um termo de responsabilidade assumindo as consequências daquilo que possa vir a acontecer. Ou seja, o Estado lava daí as mãos. Mas, ao mesmo tempo, levanta mil e uma dificuldades aos não vacinados, discriminando-os. Ao contrário do que se tem dito, as crianças não vacinadas são discriminadas nas escolas. Alguma coisa aqui está errada: o Estado não assume a responsabilidade mas pune quem não se submete…

O meu apelo é este: liberte-se a informação disponível. Promova-se o debate. Não se faça censura. Digam-se os prós e os contras da vacinação das crianças. Ponham-se os benefícios e os riscos nos dois pratos da balança. Deixem-se os pais optar em liberdade e com conhecimento de causa e não por pressão mediática. Numa questão tão decisiva, que mexe com a vida e a morte dos filhos, a liberdade é mais importante do que nunca.