O primeiro-ministro pediu desculpa, esta sexta-feira, apelidando de "expressão infeliz" a forma como reagiu quando questionado sobre não ter contactado o presidente da Câmara de Lisboa, na sequência das inundações registadas nos últimos dias.
António Costa foi confrontado pelos jornalistas, na quinta-feira após a reunião do Conselho Europeu, em Bruxelas, com o facto de ainda não ter ligado a Carlos Moedas, sendo questionado se ainda o iria fazer.
“Não vai contactar Carlos Moedas?”, a resposta do primeiro-ministro foi curta e grossa: “Se for necessário contactá-lo-ei, qual é o problema?”.
Pouco depois, já sem microfone, atirou, ainda sobre o assunto, em jeito de recado: "Posso perguntar porque é que ele [Carlos Moedas] não me telefonou a mim quando tive a minha casa inundada".
Hoje, à margem da sessão de apresentação do apoio extraordinário para o setor social e solidário, em Lisboa, o líder do Governo voltou a comentar o assunto e tentou retratar-se.
"Tive ontem uma expressão infeliz, depois de quase 14 horas de reunião. Fiz um à parte irritado, não devia ter feito e peço desculpa", afirmou.
Já sobre a expressão, também ela polémica, que usou em relação à Iniciativa Liberal; a quem se referiu com a frase: "Quando tentam guinchar, os queques ficam ridículos"; o primeiro-ministro desvalorizou a questão e disse tratar-se de "uma expressão coloquial".
"Essa ideia de que os primeiros-ministros são uma espécie de bonecos de feira, a quem se atiram bolas e que têm de apanhar e de engolir, na vida não é assim. Foi uma resposta que era até um certo elogio ao doutor Cotrim Figueiredo", afirmou.