Reféns da monotonia que tudo uniformiza, os ocidentais de hoje são os ocidentais de ontem, assim parece. Seremos?
Cem anos depois do seu nascimento, continua a ser o desmistificador, o implacável investigador do nosso passado-sempre-presente a necessitar de esconjuração, de exorcismo – tantos são os vampiros e os crimes cometidos.
Neste tempo em que a guerra de Trump e de Putin e dos mandarins do mundo parece ser o horizonte que nos espera, recuperemos lições clássicas, antigas, humanas, vindas da lucidez.
Viver sem tempo… A política transformada num show permanente de mentiras. O jornalismo transformado em propaganda e doutrinação.
Nem trezentos anos de atraso mental e meio século de fascismo vencem os que amam os livros, as artes, a literatura…
O nojo é próprio dos cobardes e dos assassinos de toda e qualquer forma de humanidade – até mesmo da poesia
Contra o controlo dos discursos, José Gil reclama ainda a magia da liberdade dos corpos. E contra a ascensão do mal, vislumbra uma hipótese: a ecologia.
O Chega explora o ressentimento dos espoliados do desenvolvimento e do progresso que a Democracia efetivamente concretizou
Há um poema de Sophia de Mello Breyner que devemos lembrar neste tempo de novos combates pela liberdade
De que servem palavras contritas, se na ação política jamais Jesus está nas decisões dos políticos?
Há uma relação direta entre os casos de violência que se vão multiplicando um pouco por todo o país e o consumo desenfreado dos conteúdos digitais
Há uma pergunta que nenhum político nos fará – ou vos fará, jovens –, e a pergunta é esta: a quem convém que vocês nada saibam, nada queiram saber e sintam apenas, em relação à vida, um enormíssimo cansaço?
Ser-se alguém que está nas artes em tempos sombrios e aí se quer humano, isso é já enfrentar os tempos sombrios
Ó senhores governantes! Não queiram transformar a educação num terreno formatado e estúpido em que professores e alunos poderão um dia escrever e dizer «Posso água?».
O mal viral por que todo o fascista está contaminado é o mal do indiferentismo, mesmo em relação a si próprio.
O Homem em Busca de um Sentido é um testemunho vivo de alguém que assumiu responsabilidade de não abandonar os seus pais. De os honrar.
Cristina Carvalho quer saber para ‘onde vão morrer os poetas’ e Yeats serve-lhe como móbil para uma questão maior…
Benjamin não se enganou: na Europa que nasceu depois de 1914-18, não há propriamente um renascimento pós-guerra, mas uma galvanização
A ideologia oca dos últimos 25 anos resultou no seguinte: empobrecidos por um aparelho tentacular de estupidificação mediática que impõe a superficialidade e a ignorância como apanágio do que é cool, as turmas são hoje aglomerados de adolescentes e jovens adultos (crianças também) para quem o professor é uma figura ridícula e a ridicularizar.