Independentemente das diferenças, exige-se respeito e dispensam-se narrativas corporativistas sem sentido, levantando falsas questões
Se por um lado, e de forma completamente isolada, saudamos a medida, não podemos deixar, ainda assim, de tecer relativamente a ela vários considerandos que nos parecem relevantes
Se o Governo não nos deixar tomar a dianteira na modernização da instituição e se mantiver refém a interesses políticos, seremos empurrados para a mudança em situações limite…
Se estes 5 anos demoraram mais de 10 anos a passar, o desfecho nas contas da aposentação tinha ainda um cenário mais negro.
Esta não é apenas uma crise de recrutamento, é uma crise de coesão que ameaça o futuro da nossa segurança interna tendo em conta o papel vital que a PSP ocupa na nossa arquitetura de segurança.
Se o Estado tem miopia territorial, parece-me que sofre também de diplopia em relação às pré-aposentações.
Veja-se o exemplo aqui ao lado da Polícia Nacional Francesa que paga naturalmente horas extraordinárias aos seus Polícias.
Não querendo fazer uma imputação unilateral a este Governo, quase tudo ficou por fazer, e não se diga que se fez muito através da correção parcial de uma injustiça na compensação paga aos Polícias pelo risco que enfrentam.
Os direitos especiais dos Polícias são totalmente justificados, devendo ser encarados não como privilégios, mas sim como restituições previdentes por uma vida profissional especialmente onerada e psicologicamente severa.
A Polícia não age indiscriminadamente, é tempo de parar de alimentar essa falácia.
Ficamos espantados, se não boquiabertos, com a crítica viperina que lhe tem sido dirigida, deixando no ar a ideia de que o tema em sim mesmo não tem assim tanta dignidade para ser discutido e apresentado no fórum público, e muito menos numa abertura noticiosa.
Para além da melhoria substancial das condições salariais, este é um (o) caminho que deve ser trilhado para que asseguremos um futuro digno às Forças de Segurança e todos os profissionais que nela trabalham a favor da segurança pública do Nosso país
Falaremos, ainda que requentadamente, de dois dos mais urgentes investimentos que tardam em ver a luz do dia, as tasers e as bodycams. Instrumentos cuja obviedade na sua utilidade é por demais inquestionável.
O que se espera das Polícias Municipais é que retirem encargos e ónus às Forças de Segurança que estas têm assumido e que devem ser assumidas pelas primeiras
Para termos um Estado forte, que responda aos mais elevados e vindouros desafios securitários que espreitam, precisamos de Forças de Segurança fortes, robustas e motivadas
A segurança é um bem demasiado precioso para que o possamos arremessar como David arremessou a pedra contra Golias. Corremos o risco de o gigante cair e a sociedade ruir.
Não poderia a Central Rádio do Comando da PSP de Lisboa funcionar em Viseu? E a gestão dos contratos por que não é feita em trabalho a distância?
Nem sempre a insegurança encontra uma tradução ou correspondência linear com um aumento dos crimes
Não investir nas Forças de Segurança significa não investir no país, pondo em crise o crescimento económico e social.