Se Fernando Pessoa fosse vivo, o Álvaro de Campos provavelmente estaria num retiro de mindfulness em Sintra, enquanto o Ricardo Reis discutiria no Zoom o rebranding da crise existencial do grupo.
A estupidez humana é uma força da natureza, mais imbatível que o Bayern de Munique e mais resiliente que a Dolly Parton, mesmo depois de 17 plásticas.
Deixemos as margens do Nilo e zarpemos rumo ao século XIX, onde o ópio, de mero analgésico para as dores da alma, ascendeu a estrela principal de um drama geopolítico com um enredo digno de Oscar
Hoje em dia, tudo gira à volta da aparência. O que interessa é ter muitos gostos e corações nas redes sociais. Todos se fingem esquisitos e seletivos, mas são descartados como lenços de papel. É o que eu chamo de amor à primeira selfie.
Quem de nós nunca fingiu estar absorto na leitura de um jornal, enquanto os ouvidos se focam na discussão fervorosa da mesa ao lado?
Estamos a presenciar a alvorada de uma nova era da comunicação, onde a autenticidade não pode ser opção, mas uma exigência, onde a segurança não é um luxo, mas um direito.
A hipotética criação da Mona Lisa por uma inteligência artificial não só cativa a nossa imaginação, mas também nos leva a mergulhar profundamente em questões filosóficas, jurídicas e éticas que permeiam a ligação entre a arte e a tecnologia.
À medida que mais informações pessoais são coletadas e processadas por algoritmos de IA, surge a preocupação com quem tem acesso a esses mesmos dados e a forma como são utilizados.