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Mário Ramires


  • Sem rosto e sem pés nem cabeça

    A moeda com que a Imprensa Nacional assinala os 500 anos de Camões é uma coisa horrorosa. Faz lembrar os cartoons com que Cid  retratava Balsemão, um homem sem rosto. No caso, José Aurélio, com reputada obra, só faz sobressair a deficiência do Poeta. Muito mau gosto!


  • Livre como um passarinho

    Depois de António Costa, o decano dos socialistas europeus, se ter demitido na sequência da Operação Influencer, eis que a presidente da Comissão Europeia e recandidata apoiada pelo PPE, Ursula von der Leyen, vê a procuradoria da UE chamar a si a investigação sobre o negócio da compra de vacinas Pfizer durante a pandemia.


  • O espanhol é que não quer bom começo

    A direita desbaratou a maioria de 140 deputados na AR conquistada nas eleições de 10 de março, deixando-se apanhar na curva pela esquerda unida. Começar pior era impossível.


  • A porta dos fundos

    A TV é o espelho do país. E o sinal dos tempos é que, num ápice, os painéis de comentadores passaram a contar com gente do Chega, de Pedro Pinto a Diogo Pacheco de Amorim. A não eleição de Augusto Santos Silva não é um fait-divers destas eleições. É um marco, e histórico.



  • A oportunidade

    Em política, a futurologia vale o que vale. Se, como está visto, a maioria absoluta não é garante de estabilidade para uma legislatura, também um Governo minoritário não está necessariamente condenado a uma interrupção precoce ou antecipada do respetivo mandato.


  • Joguem à bola!

    António Costa anda feliz. Depois do que lhe aconteceu, só pode ser de alívio por ver chegada a hora de entregar a outro a liderança de um país envelhecido, com índices de pobreza vergonhosos, serviços públicos falidos e uma economia subsidiodependente. De fugir.


  • Vale a pena fixar este dia 26 de fevereiro

    Como disse o Presidente Marcelo há quase um ano, fixem este dia. Porque se nem António Costa nem Pedro Passos Coelho morrem de amores por Pedro Nuno Santos ou Luís Montenegro e entraram na campanha, foi na deles… a das presidenciais de 2026.


  • Justiça da roleta russa

    Haverá outra profissão em que 90% dos avaliados têm ‘Bom’, ‘Bom com Distinção’ ou ‘Muito Bom’? Então são tão poucos os magistrados menos bons ou maus em Portugal? A reforma da Justiça tem de começar pelo CEJ, ou pela sua extinção. Um tribunal não é um coliseu.



  • Direita, volver

    Se os debates na TV são relevantes – e dos mais esperados já só falta o maior, entre Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos – e as sondagens antecipam (mais do que resultados) tendências, as eleições de março confirmarão uma viragem à direita, com uma vitória da AD e o reforço substancial do Chega. Sente-se.


  • Sério, é preciso sê-lo e parecê-lo

    Pedro Nuno Santos pode ter sido injustamente atacado na sua seriedade. Mas adianta-lhe de muito pouco afirmá-la. Um candidato a primeiro-ministro não tem só de sê-lo, tem também de parecê-lo. Aliás, como quem vive de atirar pedras aos telhados dos outros.


  • A ilha e o mar de contradições

    Passaram-se 7 dias e há arguidos detidos na Madeira que ainda não foram sujeitos a 1.º interrogatório perante um juiz. O presidente do Governo da Madeira demitiu-se, mas não é bem assim. A Constituição proíbe a dissolução da Assembleia Regional, mas ninguém quer saber.


  • Missa cantada e de corpo presente

    ‘Quem esperava uma rutura com o passado estava enganado’. São elucidativas as palavras de Pedro Nuno Santos no final da aprovação das listas para as legislativas de 10 de março. A renovação só começará a partir daí. Em qualquer dos casos. E será feita com tempo.



  • Entalados entre Açores, Espanha e França

    As regionais nos Açores, a 4 de fevereiro, poderão ter uma influência inusual  no resultado das legislativas nacionais do mês seguinte. A esperança da AD é que José Manuel Bolieiro consiga a maioria absoluta e os ventos de feição cheguem ao continente. O PS conta com o Chega.


  • O país de bananas

    A Europa já fala em Mario Draghi, mas, por cá, o ex-presidente do BCE só terá hipótese se o nosso António Costa não quiser o lugar que Charles Michel se apressou a vagar para o ex-líder do PS. Como se a Europa fosse uma união de ‘repúblicas das bananas’.


  • Esqueçam, ele não se reforma

    António Costa retribuiu, sexta-feira, a Pedro Nuno Santos a graça que este lhe fez há cinco anos, na Batalha, fazendo com que o Congresso da consagração do novo líder socialista mostre que ele, Costa, ainda continua longe de ter de pôr os papéis para a reforma.


  • Ó mar salgado

    Pedro Sánchez inaugurou há dias um novo supercomputador dos mais potentes da Europa, sediado em Barcelona e financiado por fundos europeus (50%) e por Espanha, Turquia e… Portugal. Chama-se MareNostrum 5 e pode ser utilizado umas horas por mês por investigadores portugueses.



  • Feliz Natal, Presidente Marcelo

    Como diria um bom e velho amigo meu, Marcelo Rebelo de Sousa, por estes dias, até parece um chapeuzinho amarrotado de tanto amasso e pancada. Totalmente descabidos e injustos. Seja no caso das gémeas luso-brasileiras felizmente salvas, seja na crise política em que foi enredado.


  • Soares entregou o cartão, Costa o partido

    Quando, no domingo, António Costa sair do Largo do Rato, a pé, depois de entregar a chave do gabinete do secretário-geral do PS ao seu sucessor, começará a sua caminhada com um único objetivo: Belém e as Presidenciais de 2026.


  • Meloni e os 800 anos do Presépio

    Por que será que a Forbes coloca a PM italiana entre as quatro mulheres mais poderosas do mundo em 2023? Onde está o ‘papão fascista’ que a extrema-esquerda europeia tanto temeu quando Meloni ganhou as eleições e o direito a formar Governo para lá dos Alpes?