O dirigente histórico do PS discursou na Convenção Novo Rumo, em Lisboa, pedindo um novo projecto para a UE e para o país. A Europa, defendeu, anda hoje "às avessas", desvirtuada por reformas nos tratados que deram poder à Alemanha e por governos neoliberais que põem os interesses dos mercados à frente dos interesses nacionais.
Os mais de mil socialistas presentes assobiaram quando Alegre referiu Durão Barroso como um dos responsáveis pela "subversão e destruição" da UE.
O Governo foi outro dos alvos do discurso, afirmando que não percebe o que festeja no dia de hoje, dia do fim do programa da troika. " Nós não celebramos a falsa saída da troika, que continua cá dentro com a cara do primeiro-ministro e do presidente do CDS", criticou.
Os partidos da esquerda não escaparam a Alegre. Denunciando o que chamou de "combate permanente ao PS", pediu que fosse seguido, pelos actuais dirigentes o exemplo de Álvaro Cunhal que em 1985 convocou um congresso do PCP para decidir pelo apoio a Mário Soares nas presidenciais. "Cunhal não se enganou no inimigo". Alegre garantiu ainda que "o PS não será o terceiro partido da direita, como parece desejar certa esquerda".