Os últimos desenvolvimentos seguem-se a 24 horas de disparos de rockets por parte do movimento radical islâmico Hamas contra alvos israelitas no outro lado da fronteira fortificada de Gaza.
As sirenes de bombardeamento soaram pela primeira vez nesta crise no centro de Israel e em Jerusalém. Um rocket caiu nos arredores de Telavive, a maior cidade hebraica. Cerca de um milhão de israelitas vivem nas zonas sob ameaça imediata dos projécteis palestinianos (ver fotogaleria).
Esta terça-feira, as forças israelitas responderam com sucessivos ataques aéreos contra mais de 50 alvos em Gaza, matando pelo menos 16 palestinianos.
E a resposta não ficará por aqui, com o Governo israelita a preparar uma invasão terrestre. Segundo a imprensa hebraica e internacional, espera-se uma operação curta mas intensa, de forma a forçar um novo cessar-fogo.
Em Gaza, o Hamas começou a evacuar alvos sensíveis e os seus principais líderes encontram-se em parte incógnita. Os combatentes aguardam a ofensiva terrestre e uma das preocupações das forças israelitas é a possibilidade de rapto de militares hebraicos – uma estratégia que estará a ser preparada pelo movimento islamista.
Foi precisamente um caso de rapto que desencadeou a mais recente crise no Médio Oriente. Em Junho, três adolescentes israelitas foram raptados e posteriormente encontrados mortos na Cisjordânia. As autoridades israelitas atribuíram a acção ao Hamas.
Na semana passada, radicais judeus raptaram e queimaram vivo um adolescente palestiniano em Jerusalém Oriental. Este acto, bem como uma vaga de repressão das autoridades israelitas contra manifestantes palestinianos, causou uma nova onda de revolta árabe.