PS critica governação que “não olha para as pessoas”

O PS mostrou-se hoje preocupado com os últimos dados da execução orçamental do país, criticando a governação do executivo liderado por Pedro Passos Coelho que, diz, “não olha para as pessoas”.

PS critica governação que “não olha para as pessoas”

"Vemos estes dados com grande preocupação. Olhamos para aquilo que o Governo disse e vemos que as expectativas hoje são muito mais baixas e diminutas que há um ano, há dois, há três. O Governo tem governado com maioria, sempre empobrecendo os portugueses, com políticas e normas jurídicas inconstitucionais", declarou no parlamento o deputado do PS António Gameiro, a propósito da síntese de execução orçamental publicada hoje pela Direcção-Geral de Orçamento (DGO).

De acordo com a DGO, o défice das administrações públicas foi de 5.823,4 milhões de euros até Julho deste ano.

Ainda segundo os dados de execução orçamental, o Estado arrecadou quase 19,9 mil milhões de euros líquidos em receita fiscal até Julho, um aumento de 735,1 milhões perante igual período de 2013.

Para o PS, é necessário o Governo "entender-se" sobre a "estratégia que quer trazer para Portugal quer no orçamento rectificativo quer para o ano de 2015", dizendo António Gameiro que o vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, deixou um "recado" para Passos Coelho ao indicar que estaria presente no Conselho de Ministros extraordinário de terça-feira.

"Estamos muito preocupados com este modo de governar, com esta governação económica que não olha para as pessoas", sublinhou António Gameiro. 

O parlamentar socialista foi mais longe: "Estamos num momento em que a nossa governação produziu resultados piores do que jamais tivemos em Portugal. Precisamos de inverter o ciclo e fazer de maneira diferente. Com o PS seria diferente e estaríamos já num ciclo virtuoso de crescimento económico", defendeu. 

O vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, garantiu hoje à agência Lusa que estará presente no Conselho de Ministros de terça-feira, onde será discutido o Orçamento Rectificativo, defendendo ser preciso proteger o crescimento e a confiança na economia.

O Conselho de Ministros reúne-se na terça-feira de forma extraordinária, para discutir o segundo Orçamento Rectificativo deste ano e avaliar o impacto da decisão do Tribunal Constitucional relativa aos cortes salariais no sector público e à contribuição de sustentabilidade.

Lusa/SOL