Alberto Martins diz que só depois de domingo decide o que fazer, se Seguro perder as primárias: “Ainda não pensei sobre isso. Não quero colocar hipóteses, estamos todos à procura da vitória”, declara ao SOL.
Além de ter assinado o projecto de redução de deputados – que Costa já disse que deixa cair se for eleito nas primárias de domingo – o actual líder da bancada cometeu, aos olhos das alas costista e socrática, um outro pecado: fê-lo ao arrepio do que era a sua própria convicção, quando o PSD apresentou há poucos anos um projecto para reduzir deputados.
Com a discussão do Orçamento do Estado pela frente, Costa, que ao contrário de Seguro não é deputado, quererá ter a bancada afinada. Mudando a direcção parlamentar terá mais garantias de que os deputados da área de finanças (seus apoiantes) ficarão em linha com o líder na Assembleia da República.
Lacão ou Ana Catarina?
Vários nomes surgem com hipóteses de substituir Alberto Martins. “A primeira questão a decidir é se prefere um deputado com peso ou aproveita para dar protagonismo a uma geração mais nova”, diz um costista. No primeiro caso há um nome que aparece como o mais forte: Jorge Lacão. O ex-ministro dos Assuntos Parlamentares de Sócrates e líder parlamentar no tempo de Guterres tem um problema: “Escolhê-lo é dar um sinal de regresso ao passado”, segundo um ex-dirigente do PS.
A alternativa é Ana Catarina Mendes. A directora de campanha de Costa somou pontos ao vencer de forma inesperada as eleições na federação distrital de Setúbal, permitindo a Costa tomar a dianteira na campanha das primárias. Vai fazer 20 anos como deputada. “Está na altura de dar o salto”, defende um companheiro de bancada.
Pedro Marques é também hipótese. A favor do ex-secretário de Estado de Vieira da Silva joga a idade e os conhecimentos na área económica.