Durante a reunião, os deputados foram confrontados com a necessidade de repor as deduções à colecta. Surpreendido com as orientações dadas pelo secretário de Estado, o líder da bancada do PSD, Luís Montenegro, decidiu contactar Passos Coelho. E foi nesse telefonema que acabou por perceber que o primeiro-ministro não estava a par de nada.
Contactados, nem o gabinete do primeiro-ministro nem Luís Montenegro estiveram disponíveis para fazer comentários. Mas o SOL sabe que Passos, apesar de não estar a par da alteração que Núncio foi pedir aos deputados, acabaria por entender as razões apresentadas pelo secretário de Estado do CDS.
A ideia da cláusula de salvaguarda tinha sido, aliás, uma proposta do próprio Passos. Apesar de a reforma do IRS ter estado desde a primeira hora nas mãos de Paulo Núncio – que formou um grupo de trabalho para a estudar –, o primeiro-ministro veio prometer uma fórmula para não prejudicar as famílias sem filhos.
A promessa foi feita a 21 de Outubro, depois de as primeiras notícias sobre a reforma do imposto levantarem dúvidas sobre o impacto que teriam as medidas de apoio à natalidade para aqueles que não têm filhos.
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