“A campanha revelou uma enorme vontade da esmagadora maioria dos portugueses de mudar de Governo e de mudar de política”, dizia Costa, quando a votação ainda decorria.
“A nossa democracia tem 41 anos e dispensava este tipo de comportamento”, atacou dirigente centrista Pedro Mota Soares, na primeira reação da noite eleitoral, pouco depois de o vice-presidente do PSD, Matos Correia, ter lamentado a “violação da lei eleitoral” e garantido que a PàF não cometeria a mesma infração.
Matos Correia preferiu, por isso, concentrar o comentário nas projeções que mostram a abstenção entre os 35 e os 40%.
Para o social-democrata, esta é a demonstração clara de que “os portugueses entenderam a importância deste ato eleitoral”, sendo que uma participação elevada “reforça a legitimidade” de quem ganhar estas legislativas.
‘Expectativa positiva’ na PàF
Pedro Mota Soares não resistiu, porém, a recordar que nas últimas eleições, as europeias, a coligação “não ganhou e há seis meses todos diziam que o PS ia sair vencedor”.
Hoje, Mota Soares revela que “a expectativa é positiva”.
E é, de facto, esse o sentimento dominante no Hotel Sana, na Fontes Pereira de Melo, em Lisboa, hoje transformado em quartel-general da coligação.
Há confiança, mas há também apreensão. A maioria acredita que a participação elevada pode funcionar a favor da PàF. Na coligação, acha-se que o medo da instabilidade política pode ter sido o motor que fez cair a abstenção.
Apesar de tudo, nada de euforias.
Paulo Portas e Pedro Passos Coelho, que chegou pouco depois das 19h quando o líder do CDS já estava no Sana, estão agora num piso vedado à comunicação social, onde deverão ir acompanhando os resultados eleitorais.