«No final estou certo de que teremos orgulho no que fizemos», disse numa declaração aos jornalistas, que se chegou a pensar poder ser feita para anunciar a desistência.
Sem a máquina de campanha do PS, alguns socialistas vaticinaram que Nóvoa não teria condições para continuar como candidato, dados os custos e as dificuldades logísticas de se apresentar como independente.
Mas Sampaio da Nóvoa mostra-se sem medo das consequências financeiras de uma aventura que, no passado, já deixou Manuel Alegre a braços com uma dívida e que chegou a fazer Fernando Nobre temer pelo seu futuro financeiro caso não atingisse um número de votos suficiente para garantir a subvenção dada pelo Estado.
«Não quero nada para mim. Mas estou disposto a dar tudo, a dar tudo por Portugal», afirmou o candidato que vai ter de dividir os votos do centro-esquerda com a socialista Maria de Belém Roseira, que esta quarta-feira anunciou um apoio de peso ao ser revelado que Jorge Coelho vai fazer parte da sua Comissão de Honra.
Maria de Belém soma apoios, presidenciais devem ser tema no Congresso do PS
Maria de Belém junta este apoio ao de Francisco Assis, um nome que é dado como possível candidato à sucessão de António Costa.
De resto, com Maria de Belém a ser apoiada sobretudo pela ala segurista, que agora desafia a liderança de António Costa, Sampaio da Nóvoa continua a ser visto como o candidato mais próximo do atual líder do PS. Por isso, é de esperar que um mau resultado do ex-reitor possa vir a ser usado como arma de arremesso interna no Congresso socialista que ocorrerá precisamente depois das presidenciais.
