Caso haja acordo, "o senhor Presidente da República deve dar posse a esse Governo, porque seria pior para o país se vivêssemos num governo de gestão", afirmou Francisco Assis, que falava aos jornalistas no final do encontro promovido pelo próprio, que teve como pretensão a formação de uma corrente interna de contestação a um Governo do PS com apoio do PCP e BE.
Embora Francisco Assis discorde "política e materialmente" de uma solução de Governo do PS com acordo à esquerda (PCP e BE), essa solução, caso tenha "garantias" de apoio parlamentar, tem "legitimidade formal inatacável".
Apesar de defender que o PR deve dar posse a um governo PS com apoio dos bloquistas e comunistas, o eurodeputado voltou a reiterar a sua "oposição de fundo" em relação ao caminho "que o Partido Socialista está agora a seguir".
Francisco Assis considerou que o que tem faltado "muitas vezes no PS e que impediu algumas clarificações históricas foi não haver divergências políticas".
"As que existiram eram meras divergências pessoais", sublinhou.
O socialista recordou ainda que nunca fez um apelo a "qualquer desobediência por parte dos deputados", referindo que os eleitos pelo PS "têm de seguir a orientação que for determinada pela direção do partido".
Na Mealhada, participaram no encontro cerca de 160 de militantes, entre os quais, Eurico Brilhante Dias, da anterior da direção de António José Seguro, os ex-deputados José Bianchi, Afonso Candal, Manuel dos Santos e José Junqueiro, o ex-secretário de Estado José Lamego, o presidente da Câmara da Mealhada, Rui Marqueiro, o ex-deputado e ex-presidente da Distrital do PS de Coimbra Vitor Baptista, o dirigente socialista António Galamba e o antigo presidente da Câmara de Matosinhos Narciso Miranda.
Lusa/SOL