Fragilidade do Governo e PCP como alvo

A ilegitimidade do Governo de António Costa, a fragilidade do acordo à esquerda e a incongruência de assumir o cumprimento do Programa de Estabilidade e do défice abaixo dos 3% a par do aumento da despesa pública com as medidas já anunciadas pelo Executivo – foram estes os pontos em que a oposição centrou os…

PSD e CDS concertaram-se como fizeram há três semanas, quando defenderam o seu próprio programa de Governo. Paulo Portas fez o discurso que marcou o debate à direita, com fortes críticas à ilegitimidade deste Executivo socialista, expondo as divergências entre o PS e os partidos da esquerda radical que o apoiam  E ficou claro que o alvo para fragilizar esta solução governativa é o PCP.

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Já Passos Coelho deixou vários  avisos para memória futura. No dia em que António Costa precisar do PSD para sobreviver, que tenha a “dignidade” de convocar eleições, “para que seja dessa feita o povo a escolher o futuro Governo de Portugal”.

Na moção de rejeição do programa de Governo que PSD e CDS apresentaram quinta-feira, e que foi chumbada, Passos e Portas alertaram para o risco de Portugal vir a precisar de um terceiro resgate.

Com duras críticas ao “acesso de radicalismo ideológico e desorientação programática” do PS, sublinharam que “os partidos moderados têm o dever perante os portugueses de se opor a este processo de radicalização em curso”.

E enumeraram um conjunto de aspetos que, dizem, “este Governo se prepara para pôr em causa e estragar”. Entre eles, as “contas certas e estabilidade financeira, a sustentabilidade e crescimento económico, a criação de emprego, a verdadeira economia social de mercado e as reformas estruturais”.

sofia.rainho@sol.pt