"É uma estratégia que nos parece irrealista e imprudente", afirmou Leitão Amaro, que procurou ser prudente na avaliação feita aos números de Centeno e recusou adiantar aos jornalistas as medidas discutidas na reunião com o ministro esta quarta-feira no Parlamento.
"A comissão europeia, o conselho de finanças publicas, a UTAO têm colado dúvidas", recordou o vice-presidente da bancada do PSD, sublinhando que "há ali dúvidas que são preocupantes", mas evitando ser tão duro como tinha sido Marco António Costa quando disse que o Governo está "emparedado" entre as exigências de Bruxelas e os acordos à esquerda.
"Não vamos contribuir para dificultar a posição nacional", afirmou Leitão Amaro, frisando que "as escolhas de política que tem consequência orçamental cabem à maioria".
Declarações muito mais contidas do que as do vice-presidente do PSD. "Uma coisa sabemos: serão os portugueses a pagar esta brincadeira de mau gosto em que se transformou esta negociação que o Governo está a conduzir", atacou Marco António Costa, em declarações aos jornalistas na sede distrital do PSD Porto há dois dias.
De resto, Leitão Amaro entende que cabe a Centeno e a Costa "compatibilizar o equilíbrio das finanças com crescimento", apesar de entender que para já o esboço e o exercício orçamental do Governo "não é nem realista nem prudente".
"Esperamos que não estejamos a comprometer o país e a andar para trás porque esta maioria se comprometeu com coisas depressa demais", lançou Leitão Amaro.