Carlos Costa faz Mota Soares defender revisão constitucional

Continua o ataque cerrado ao governador do Banco de Portugal pelas bandas do CDS. 

Se até agora não tinha havido críticas abertas, desde que Paulo Portas pôs em causa Carlos Costa, os centristas abriram as hostilidades.

Desta vez, foi Luís Pedro Mota Soares que voltou ao tema, lembrando como é difícil com a lei atual a um governo gerir a relação com o governador do Banco de Portugal e defendendo que "deve ser o Presidente da República e não a nomear o governador do Banco de Portugal e não o governo".

"Dir-me-ão que para isso é preciso uma revisão constitucional", admitiu, retomando um tema que Pedro Passos Coelho resolveu deixar cair na sua última grande entrevista à SIC por reconhecer não haver a maioria de dois terços no Parlamento necessária a essa reforma.

Apesar disso, Mota Soares não hesita em pegar nessa bandeira, dizendo que o CDS deve assumir como sua ambição reformar a Constituição.

Além da forma de nomeação do governador do Banco de Portugal, Mota Soares gostaria que a Constituição passasse a prever um "grande conselho superior de magistrados" que seja presidido pelo Presidente da República e que reúna os juízes e os procuradores do Ministério Público.